Contagem regressiva para a instalação do Google Analytics 4

Contagem regressiva para a instalação do Google Analytics 4

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

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Por Jonas Marinho
Gerente de Business Intelligence & Analytics da Simplex.

O recado mundial está dado. Segundo o Google, todas as propriedades padrões da sua ferramenta Universal Analytics – a versão 3 do Google Analytics usada para trazer dados sobre a navegação e as buscas feitas por usuários em sites e aplicativos – deixarão de processar dados no dia 1 de julho de 2023. São 15 meses para as empresas migrarem para a nova versão, o Google Analytics 4 (GA4). Pode parecer bastante tempo. Mas não é. Afinal, quanto mais cedo a nova versão for adotada, mais à frente as empresas estarão refinando seus próprios processos de medição de dados, para entender o comportamento de seus clientes e leads, fundamental para otimizar a conversão, a partir da nova plataforma. E, conhecendo mais sobre o comportamento do usuário na internet, consequentemente, alcançarão melhores resultados em seus negócios, mais competitividade e confiança junto ao mercado. Também será uma mudança na usabilidade da ferramenta, assim os profissionais também precisarão se adaptar à nova plataforma.

O GA4 foi criado para trazer novas propostas de otimização de buscas, onde as plataformas buscam se integrar com maior agilidade, diante de uma relevância cada vez maior da Inteligência Artificial (IA) e do Machine Learning na elaboração de estratégias das empresas. O seu grande diferencial é justamente a característica de permitir visão completa da jornada do cliente com um modelo de medição flexível baseado em eventos que não é fragmentado por plataforma ou organizado em sessões independentes, mas sim levando em conta as interações em diferentes plataformas. 

Em outras palavras: ao contrário da versão antecessora, a nova ferramenta integra toda a jornada do usuário, independentemente de quantos dispositivos tenham sido utilizados pela mesma pessoa via site e/ou aplicativos em uma determinada pesquisa até a eventual compra. Esta identificação de usuário único é realizada por três métodos: pelo sistema de logins de sites, pela conta do Google e pelo dispositivo utilizado pelo usuário.  

O Google Analytics 4 deverá impactar também na qualidade das ações publicitárias e de marketing. Com a possibilidade de entender que o usuário que navega no site e usa aplicativo é o mesmo, será possível evitar o excesso de propaganda e tornar a experiência muito mais amigável e com mais chances de aderência.

É importante ressaltar que o GA4 também não armazenará mais endereços de IP e não dependerá dos invasivos e polêmicos cookies. Essa solução e controle é especialmente necessária no atual cenário nacional e internacional de privacidade de dados, em que os usuários esperam cada vez mais proteções e controle de suas informações pessoais, indo ao encontro da Lei Geral de Proteção de Dados do Brasil (LGPD) e do General Data Protection Regulation (GDPR) da União Europeia.

Com estas características, o Google Analytics 4 possibilita prever novos e mais preciosos insights. E, o mais importante, foi desenvolvido para acompanhar um ecossistema em constante mudança. Portanto, a plataforma ajuda as empresas a atender às necessidades em evolução e às expectativas dos usuários, com controles mais abrangentes e granulares para coleta e uso de dados, possibilitando entrega mais precisa de análises em um modelo mais racional e seguro. 

Só resta saber se, futuramente, o Google conseguirá refinar e identificar subgrupos de usuários. Em um país como o Brasil, onde existe compartilhamento de dispositivos, seja computador ou celular, há o desafio de identificar quem realmente fez determinada pesquisa. Como fazer esta medição? Aguardamos os próximos capítulos.

 

De joias a óleo de soja: saiba quais são os itens de desejo do brasileiro na internet

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De joias a óleo de soja: saiba quais são os itens de desejo do brasileiro na internet

Radar Simplex revela neste pós-Carnaval uma maior busca por testes de gravidez

São Paulo, 18 de abril de 2022 – Apesar dos altos índices de inflação, ou até para se alienar dessa realidade desafiadora, brasileiros estão resgatando seus sonhos de consumo. Entre eles, os objetos de luxo, a exemplo das joias, ou do Iphone 11 Pro Max. No sentido oposto, produtos de cesta básica, como o óleo de soja, também ganham destaque, talvez no esforço para fazer o orçamento doméstico comportar as variações de preços. É o que aponta o Radar Simplex, plataforma da Simplex que usa inteligência artificial para captar as tendências indicadas pelas pesquisas feitas online, a partir de 1 milhão de landing pages de grandes e-commerces nacionais.

Em março houve um acréscimo de 44% de pesquisas online sobre joias em comparação às buscas feitas em fevereiro. “É provável que a queda do dólar, que desvalorizou 7,7% em março, tenha aumentado o poder de compra do brasileiro para itens cotados na moeda norte-americana, e isso pode ter reacendido no consumidor a esperança de adquirir bens que normalmente têm impacto alto no orçamento doméstico”, afirma João Lee, fundador da Simplex. Ele cita, como exemplo, o forte aumento das buscas pelo Iphone 11 Pro Max ao longo de março, cuja procura cresceu 475% em comparação com fevereiro.

 

O dia seguinte

O pós-Carnaval teve um impacto direto sobre outro tipo de busca na internet. A pesquisa pelo termo “exame de gravidez” mais que dobrou: cresceu de 144% em relação ao mesmo período do ano passado e 27% em relação a fevereiro. Futuros papais e mamães procuraram por testes de coombs, exame de sangue que ajuda a identificar doenças que afetam os fetos, como leucemia e eritroblastose fetal.

Outra categoria que despontou no Radar Simplex de março foi a de móveis, apresentando elevação de 50% no comparativo mensal e 42%, em relação ao mesmo período de 2021. Esses números indicam uma tendência que já vinha forte desde fevereiro: a vontade de se realizar compras que contribuam para o conforto do lar. Este segmento foi alavancado principalmente pelas buscas relacionadas à guarda-roupas, que registraram um pico de impressionantes 6.030% na comparação anual.  

 

Fazendo a conta fechar

De acordo com o Radar Simplex, o óleo de soja é outro produto que se encontra entre os destaques nas pesquisas realizadas em março. Item da cesta básica, este produto foi um dos que mais encareceram no período. Segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerando a prévia da inflação oficial, o preço do óleo de soja teve um aumento de 6,09% desde de 2022. No mês de março, a garrafa com 900 ml custou em média R$9,41, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A alta do preço pode ser explicada, em parte, pela especulação internacional em torno do produto ocasionada pela guerra na Ucrânia, assim como pela quebra de safra, que tem origem na estiagem que castiga o sul do Brasil.  

 

Hora de celebrar

Outro alimento que, em março, despontou no Radar Simplex registrando um crescimento de buscas, é o queridinho no almoço de Páscoa. Estamos falando do bacalhau. Sua presença entre as buscas que se aceleraram no período indica que o brasileiro antecipou a pesquisa de alguns produtos típicos dessa celebração tão arraigada na cultura brasileira. A tendência faz todo o sentido já que, agora, quando a pandemia se apresenta aparentemente sob controle no país, é possível reunir familiares e amigos nas datas comemorativas.

Confira abaixo os dez itens que mais cresceram no ambiente online em importantes e-commerces brasileiros no mês de março:

  1. Joias 
  2. Móveis 
  3. Exame de gravidez 
  4. Óleo de soja 
  5. Ventilador 
  6. Iphone 11 Pro Max
  7. Bacalhau 
  8. Bebida no atacado 
  9. Microondas inox 
  10. Acessórios masculinos